No final restarão apenas os meus ossos, completamente
despidos da minha dor de existir...
Será que lamentarei pela certeza do fim, quando era um
pulsar devir? Sempre me pergunto. Quero morrer um dia, aliás, já estou me
decompondo como fruta que foi retirada da árvore. Dizem que a possibilidade de
morrer é o que causa inveja aos deuses. Somos condenados à trajetória...
Queria ter bola de cristal para ter menos
arrependimentos, mas isso significaria suportar o roubo da possibilidade de
melancolia, porque dias cinzas são um regaço imprescindível. Não quero me
livrar de quem eu posso ser, porque me parece que tenho tantos pedaços que se
não me experimento, me reduzo.
Será que é possível, viver a experiência do estar vivo,
observando e sendo protagonista de modo a nos conduzirmos ao encontro de
experimentações? Ou será que apenas experimentar carece de substância? Ou ainda
é apenas um exercício de tentativa de afastar o tédio daquilo que já sabemos
fazer? Por que o que já conhecemos nos causa uma espécie de sensação de relaxamento,
imprimindo até um tom...de algo que não se renova...?
Eu queria aprender tudo o
que eu sei de um jeito que eu não sei...e fazer isso com tudo o que eu já fiz.. Epitáfio: Sempre foi afeita a amar as impossibilidades, como se fosse a dona da alquimia elementar...Pelo menos tentou...
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