Desejo a sua cura
para seguir em frente...
cicatrizes bem costuradas
para suas feridas tão abertas...
Desejo a sua paz,
mas antes, quebre, martele, derrube
todas as velhas estruturas que empilhamos
como torres que vão subindo ad infinitum...
com aquilo que nos convém...
derreta todo o gelo do gelo...
espatife
e parta em mil pedaços... nem que sejam seus pedaços...
tudo o que você ergueu à sua volta e que já não lhe serve mais...
Ceifa, transforma, transcenda, limpa, mata e renasça...
Como a Fênix... pois das cinzas a morte é tão digna...pois é a morte que permite vida...
Após todo ocaso existencial...
haverá um novo dia, um novo sol e um novo caminho
e não mais o verniz da acomodação...
a paz é aprender a ser só...
a criar asas...
a correr com as próprias pernas...
a plantar com as próprias mãos...
extrair da terra a seiva da bem-aventurança...
e deixar todo o amargo partir...
encontrar um novo sentido para estar aqui...
porque todos somos necessários...
todos temos nosso papel nessa vida...
encontrar o nosso valor, a nossa vocação maior...
e se temos grandes encontros na vida...
e se conhecemos pessoas...
permaneceremos na vida uns dos outros
enquanto houver o que trocar...nem um minuto depois...
o mesmo sucede com os lugares onde estamos...
a nossa relação com as latitudes e longitudes...
estamos onde somos necessários..
Desejo o alimento da sua esperança,
ela é o verde da vida...
é o vale onde repousamos,
é o regaço que nos acolhe...
Tenha fé!
sempre haverá um novo amanhecer,
um novo riso no rosto
e uma nova lua para fazer preces silenciosas...
e clamar aos céus...
que as estrelas brilhem em nossos corações com a mesma luz...
com que iluminam nossos caminhos...
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