Nos nossos dias infantis não havia
aquarela que desse conta da volúpia e do vício...
Parecíamos quadros pintados à
carne em nossa exposição particular...
Ele me vestia do meu sorriso e me
despia de sensatez.
Dizia: Seu Mercúrio em Virgem me
alimenta...
Até no ônibus, na madrugada, indo
para São Paulo, a gente fez...
mas eu é que engoli quieta a sua
tormenta
que sem dó explodiu de uma só vez
Éramos o paradoxo de um desinibido
discreto...
Um amor de cantos escondidos,
senhas e frases secretas...
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